O Diário do Restauro traz nesse post a participação especial do arquiteto Robledo Duarte, que integra a equipe da CAL Restauro e tem trabalhado cuidadosamente nas pesquisas históricas sobre o conjunto arquitetônico das Caixas d’Água do Benfica.
Confira!
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Marcação do arquiteto em vermelho
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Imagem antiga do gradil que fica junto à edícula
Por Robledo Duarte*
Prospecções e restauro envolvem um conhecimento extenso, multidisciplinar em várias técnicas, engenharia, arquitetura, história, arqueologia e patologias construtivas e ainda somam teorias de restauro e a legislação específica. No trabalho que estamos fazendo no conjunto das Caixas d’Água do Benfica desconfiamos desde o início do cercamento externo do gradil.
Desde a ampliação por causa do terceiro reservatório dos anos 60, queríamos saber onde começou a intervenção nova. A pintura externa não nos dava muito certeza e então fomos para o reboco e suporte, como pode ser observado nas figuras: o primeiro original, com alvenaria de tijolos brancos e argamassa ligante de areia branca e cal.
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Detalhe do trabalho realizado pela CAL Restauro
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Tijolos e argamassa brancos, característico da época
A segunda, areia vermelha, cal e cimento com tijolos sem a execução cuidadosa dos tijolos antigos, ou seja, 40 anos separam os dois gradis, aparentemente iguais.
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A cor avermelhada confirma a suspeita da equipe sobre a construção em períodos diferentes
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Detalhe do local de onde a mostra da década de 60 foi retirada
*Texto originalmente publicado no Instagram @robledoduarteprojetos.